domingo, 30 de maio de 2010

Pensamento de Soldado

Numa manhã de domingo,
Na cabeceira da 02.
Pequeno aeroporto, eu.
Envolvido pela bandoleira,
de um pesado HK.

Após duas horas de pensamentos,
Entre camas,
pensamentos, pensamentos, pensamentos.

Momentos tristes de infante.
Noite e dia expediente,
No girar de um tempo.
Volta à rotina em alegria.

Sentado junto à mesa, mulheres,
idéias, amigos, falando do nada.
Velha ilusão não captada, no colorido do mundo,
de homens que se opõem escravizar mentes,
mentes presas na secundidade.
Ah!! saudades da 02, aeroporto eu.

(Veronese)

O acaso

O vôo desesperado de um pássaro que se libertou das opressões causadas pelo cárcere imposto pelos instruídos, apoiado pelo cifrão da moeda.
O vôo que abriu os túneis dos chips humanos, ampliando a visão, em busca da veracidade em que a podridão opera, como abutres em banquetes planejados.
A gaiola que engaiola sonhos de quem sonha, o sonho quase "real".
Tarde já é, o crepúsculo é visível, o perigo é real, mais um sonho que não se realiza.
Sonho de vida, vida fácil vivida, convivida é o mais difícil, o almejo de algo da estória do ser, apagado ao acaso.
O grito do fundo da alma, não ouvido, tomando lugar o choro silencioso, onde as lágrimas apagam os sonhos de vida.

(Veronese)